segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Laboratório do Porto desenvolve plataforma informática para tratamento clínico de fobias

O Laboratório de Expressão Facial da Emoção, da Universidade Fernando Pessoa (UFP) do Porto, está a desenvolver a plataforma informática i-Phobos (i-Ph) para o tratamento clínico de fobias, afirmou hoje o director da instituição.

Segundo Freitas-Magalhães, para o desenvolvimento do projecto foi estabelecida uma parceria com o Baylor College of Medicine (BCM), de Houston, nos Estados Unidos da América, representado por James H. Bray, que recentemente visitou o Laboratório de Expressão Facial da Emoção, na qualidade de Presidente da American Psychological Association (APA).

Numa primeira fase, serão abordadas as fobias simples (animais, ambiente natural, procedimentos médicos, alturas, viajar de avião, andar de elevador e medo de contrair doença). Numa segunda fase, estarão em estudo a fobia social e a agorafobia (um medo ou fobia associados à vida social, ao pânico de se ser obrigado a enfrentar a sociedade).

"A vivência antecipatória e a ansiedade são componentes a ter em conta no processo de criação da plataforma, porque representam as queixas mais frequentes de quem sofre de fobia", disse o especialista português, que irá estudar o "medo cognitivo e o medo reativo".

"A i-Phobos abordará aqueles dois aspectos da reação à situação indutora de medo", esclareceu Freitas-Magalhães.

A plataforma informática será desenvolvida com o propósito de "ajudar na abordagem cognitiva comportamental, a qual se caracteriza pela exposição controlada e progressiva ao estímulo fóbico".

"A criação de cenários reais é o objectivo do projecto que contará com tecnologia de ponta", afirmou.

A i-Phobos (i-Ph) será desenvolvida pelo Laboratório de Expressão Facial da Emoção e o Baylor College of Medicine (BCM) com "futura aplicação em contextos clínicos", acrescentou.

O Laboratório de Expressão Facial da Emoção (FEELab/UFP), fundado em 2003, e único em Portugal, foi distinguido por diversas entidades internacionais pelo "pioneirismo e inovação" das suas linhas de investigação.

Sem comentários:

Enviar um comentário