A competência emocional desempenha um papel fundamental nas perturbações do espectro do autismo, disse, no Porto, o Director do Laboratório de Expressão Facial da Emoção, Prof. Freitas-Magalhães.
O Prof. Freitas-Magalhães falava em congresso sobre o autismo que decorreu na Universidade Fernando Pessoa.
"O futuro está nas emoções e não na cognição", enfatizou aquele especialista em expressão facial da emoção.
O Laboratório de Expressão Facial da Emoção, da Faculdade de Ciências da Saúde, da Universidade Fernando Pessoa, está a desenvolver a i-Autism (i-Aut), uma plataforma informática para ajudar os portadores de Autismo a identificar e reconhecer as emoções básicas foi revelado pelo Director daquela entidade.
Segundo o Prof. Doutor Freitas-Magalhães, "os resultados da investigação empírica sugerem défices na percepção da expressão facial da emoção por parte dos autistas. A plataforma informática vai permitir a quem sofra do síndrome autístico possa, através da manipulação das diversas partes da face, e tendo contacto com a estrutura muscular envolvida, desenvolver e melhorar significativamente as suas competências de percepção da expressão facial da emoção".
Os pormenores do projecto inovador i-Autism (i-Aut), como ferramenta de intervenção terapêutica e educativa,
foram apresentados na conferência "Emoções e Perturbações do Espectro do Autismo".
A conferência abordou a comunicação emocional em portadores de perturbações do espectro do Autismo, com particular incidência na construção neuropsicológica das emoções e a percepção consequente destas em exercício de interacção.
O Laboratório de Expressão Facial da Emoção (FEELab/UFP) foi fundado em 2003 e é único do género em Portugal, tendo sido o seu trabalho científico "pioneiro e inovador" distinguido por diversas entidades internacionais, como, por exemplo, o Governo do Reino Unido, multinacional Nokia e a Elsevier, a maior editora médica e científica do mundo.
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